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Rádio UFSCar apresenta série especial sobre os 60 anos do Golpe Militar

Há 60 anos, em abril de 1964, o Brasil sofreu um Golpe Militar. A partir dele, tinha início o período mais violento da história recente do país. O autoritarismo tomou conta das instituições, direitos políticos foram cassados e opositores foram perseguidos. Houve desaparecimentos, torturas e mortes. Para relembrar como aconteceu, como operou e refletir sobre os impactos da ditadura até os dias de hoje, a Rádio UFSCar preparou cinco edições especiais do ‘Estação 953’, com a participação de grandes convidados.
 
 
No primeiro episódio, confira a entrevista com João Roberto Martins Filho, professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ele fala sobre as tentativas fracassadas de golpe que antecederam o 31 de março de 1964 e sobre o surgimento do anticomunismo. Também são tratadas a mobilização de uma campanha conspiratória contra a democracia e o apoio de parte da sociedade civil e dos Estados Unidos. Por fim, o professor aborda os riscos que a democracia brasileira correu na última década.
 
 
 
No episódio da série especial sobre os 60 anos do Golpe Militar no Brasil, confira a entrevista com Helio Canonne, professor no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ele fala sobre os dias seguintes ao golpe e o que aconteceu a partir de 2 de abril de 1964: a conivência das instituições e de atores políticos com a ditadura, a criação dos Atos Institucionais e as mais variadas formas de violência antes mesmo do AI 5 – espionagem, prisões arbitrárias, torturas e mortes. Também são abordadas a perda de direitos políticos, o cancelamento de eleições, a extinção de partidos, além do julgamento de civis pela justiça militar. Ainda são tratados os ataques a educação e a União Nacional dos Estudantes, a propaganda do regime militar, a cobertura da imprensa, as denúncias, os protestos, o arrependimento de quem apoiou o golpe e as heranças da ditadura na sociedade brasileira.
 
 
 
 
No terceiro episódio da série especial sobre os 60 anos do Golpe Militar no Brasil, confira a entrevista com Carlos Fico, professor de História do Brasil na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele fala sobre a ditadura a partir da publicação do AI 5. O premiado pesquisador aborda a escalada do autoritarismo, a institucionalização da violência, a repressão política e como a tortura foi usada como método de interrogatório. A censura sistemática da imprensa e do setor cultural, a tentativa de resistência desesperada de parte da sociedade brasileira, os cúmplices e as justificativas do regime militar também são assuntos da conversa.
 
 
 
 
No quarto episódio da série especial sobre os 60 anos do Golpe Militar, relembre a história do sãocarlense Lauriberto José Reyes, militante e guerrilheiro contra a ditadura, assassinado aos 30 anos pelo regime. O cineasta Beto Novaes, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do documentário ‘Lauri’, fala sobre a infância, a entrada no movimento estudantil, a resistência contra a ditadura, a luta armada, a prisão, o exílio e o legado de Lauriberto.
 
 
 
 
No último episódio da série especial sobre os 60 anos do Golpe Militar, confira a entrevista com Fabio Sanchez e Jacqueline Sinhoretto, professores do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Eles falam sobre o processo de democratização do Brasil e os impactos da ditadura sentidos até os dias de hoje. Na conversa, eles abordam como a mobilização social levou ao fim do AI 5, o processo lento e gradual para a volta da democracia e como os militares tentaram não perder o poder. O autoritarismo presente nas instituições, as heranças legislativas e educativas da ditadura, como a falta de punição atinge a sociedade brasileira quase 40 anos depois do fim do regime militar, principalmente na segurança pública, e as ameaças atuais também são assuntos desta entrevista.
 
 
 
ENTREVISTA EXTRAS:
 
Como parte da programação especial sobre os 60 anos do Golpe Militar, a Rádio UFSCar entrevistou o jornalista e ex-Ministro Franklin Martins. Franklin, que foi líder do movimento estudantil e guerrilheiro contra a ditadura. Ele falou sobre sua história de resistência, os acertos e os erros da luta armada e o sequestro do embaixador americano. Franklin Martins também lembrou da violência sofrida – da prisão, do exílio, dos traumas, e comentou sobre as heranças da ditadura.
 
 
Edson Teles, professor de filosofia política Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é um filho da resistência. Seus pais foram presos e torturados pelo regime militar quando ele tinha apenas 4 anos. Hoje em dia, o professor, que é ativista da Comissão de familiares de mortos e desaparecidos políticos da ditadura, desenvolve pesquisas para identificar ossadas escondidas pelo regime militar. Confira a entrevista.
 
 
 
 
 
 

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